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A que horas estamos?

por Antônio Mesquita

Desde a Criação, a história da humanidade passou a ser vista e estudada a partir de divisões de períodos, separados por fatos determinantes. Da Antiguidade ou Idade Antiga, de 4000 a 476dC, passamos pela Idade Média, de 476 até 1456; Idade Moderna, de 1453 até 1789; e chegamos à Contemporânea, a partir de 1789.

Até a Idade Média o ser humano foi adequando-se e explorando as formas de vida, que pudessem fornecer-lhe melhores condições de sobrevivência. Houve crescimento e descobertas interessantes, a oferecer avanços significativos, em especial na agricultura. Antes, o homem jogava a semente ao solo e esperava pela germinação, crescimento e colheita, sem nenhum tipo de tecnologia, por mais rude que fosse ou preparação do solo, como na Parábola do Semeador, dita pelo SENHOR: ‘O semeador saiu a semear’.

Na Idade Média houve uma interrupção de crescimento, pois o mundo sofreu a influência do obscurantismo, em que o homem fora privado de exercer suas capacidades intelectuais. A Igreja Católica Romana adotou crenças e superstições da mitologia greco-romana e, desde então, passou a manipular em conluio com reis e nobres. O resto era tratado como resto mesmo, isto é, o proletariado.

Como sempre, a divisão da estrutura católica romana se dá entre os que são realmente membros da igreja (catolicismo) – o clero – e os fiéis. Daí o porquê das classes distintas, que motivara, de certo modo, a Teologia da Libertação (da pobreza), lançada pelo catolicismo latino, e de sua colonização.

Idade Moderna

O período seguinte foi o da Idade Moderna, no início do século 18. A partir de então, todas as formas de influência de origem cristã passaram a ser pressionadas pela frieza espiritual e ceticismo, pois a mesma época sofreu a influência do Iluminismo.

Tido como Filosofia das Luzes, o Iluminismo iniciou com o movimento de cunho filosófico do século 18, caracterizado pela confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade, pelo incentivo à liberdade de pensamento e consequente desafio ao Absolutismo.

Até então o Absolutismo dormia em berços esplêndidos palacianos, pois seus domínios refletiam o conluio com a religião. Mas, os desmandos e imoralidade passaram a traí-los e o povo pôde ser facilmente convencido, a partir do aumento considerável de ganho de conhecimento, desde a Reforma Protestante, a ponto de perceber que não havia o pretenso equilíbrio entre o profano e o sagrado, bases dos conluios.

Pelo Iluminismo o homem passou a usufruir da liberdade de expressão através das artes, influência da Grécia antiga, que ofereceu também a filosofia. Desde então, determinados valores, ícones até então incontestáveis, passaram a ser questionados.

Libertados pelo conhecimento, uma vez que a falta dele leva à escravidão (cf Oséias 6.4 e Cl 2.2-4), a partir do calabouço cristocêntrico da Reforma (Ef 2.8-9), o homem não atentou ao equilíbrio. Partiu para descobertas, embriagado pelo volume de conhecimento, até descobrir o amargo do doce de Daniel 12.4: “E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará”.

Conhecimento profetizado por Daniel e que deveria jorrar no tempo do Fim, atualíssimo, não diz respeito à sabedoria humana propriamente, mas ao avanço tecnológico, como mostra Naum: “Os carros correrão furiosamente nas ruas, colidirão um contra o outro nos largos caminhos; o seu aspecto será como o de tochas, correrão como relâmpagos” (2.4).

Avanços excepcionais

Desde o seu início, até a Idade Contemporânea, o mundo conheceu 15 inventos, especificamente até 1714. Menos de 200 anos depois, o número saltou para 21. “A partir do século 18 (…), a quantidade de inventos cresce brutalmente” (Folha de SP, 11julh84).

Os terremotos, para dar ênfase à profecia (Lc 21.11), também acompanharam, com brutal crescimento: Século 7, ocorreram 17; século 14- 137; século 18- 640; século 19, foram registrados 2.139 e, no século 20, em somente 76 anos, ocorreram 5.200. Atualmente, perde-se as contas!

No caso dos inventos, há décadas, o então chamado ‘papa da comunicação’, Howard Rheingold, autor da Realidade Virtual, previra: “Tudo vai acontecer muito rapidamente…”.

A que horas estamos?
Stephen Hawking, físico inglês

Neste mês (dez-14), noticiou-se a previsão do físico inglês, da Universidade de Cambridge, Stephen Hawking (foto). Segundo ele, “os robôs vão levar a espécie humana ao fim”, pois “a inteligência artificial vai superar os homens em menos de 100 anos”.

Existe profecia sobre isto? Daniel, complementado pelas profecias de João, em Apocalipse, também fala sobre o sistema cibernético a dominar os homens:

– “E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro”, Dn 2.41-43.

Apocalipse atualiza esse ser cibernético, apresentando-o como parte de um sistema de domínio de mercado (político, social, econômico e financeiro e globalizado):

– “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”, Ap 13.15-18.

As teologias

Com Scheillamacher, Kierkgaard e Emanuel Kant, que exploraram a razão e o existencialismo, teoria que prega que a existência é antes da essência, nasceu a Teologia Liberal. Essa teoria exaltou a potencialidade humana, e mostrou que o homem é o produto da soma de seus atos.

Essa mesma visão conduziu o homem à Revolução Industrial. Até lá, sabia-se como e com que o homem nasceria e morreria. Não havia muitas opções, atrações e coisas novas. As vestes, por exemplo, eram raras, não fabricadas em série, como na Revolução Industrial. O mesmo ocorria com as cores. Eram básicas, com poucas opções, portanto, modestas. Logo depois, a cor vermelha, por exemplo, era considerada extravagante, provocativa e sensual.

Por ela a Modernidade apresentou transformações jamais pensadas. Mas, aquilo que já estava no homem deu vida à morte. Ela já brotava nas pragas, proliferadas pelo avanço populacional e ausência de meios de higiene. Não havia medidas preventivas, com profilaxias e formas de assepsia, como nas precauções tomadas por meio das orientações de Moisés no deserto. Somente depois ocorreram com o advento da infraestrutura e saneamento básico.

No calor das discórdias, a provocar guerras, como a primeira mundial, ‘o tiro saiu pela culatra’. As descobertas para fins belicosos acabaram provocando avanços científicos como a descoberta da penicilina, dentre outras.

Administração e geopolíticas

As áreas geopolíticas passaram a ser definidas, mostradas milhares de anos antes, na estrutura fantástica dita por Noé (Gn 9), a delimitar as origens desde então. Os núcleos humanos, com DNA e respectivas características bem definidos, também indicou a origem entre a Caldéia e África. Os continentes são povoados e a população mundial cresce sem parar…

Nos anos sessenta, o homem experimentou outra movimentação com novos questionamentos, ressaltados na Revolução Cultural. Intensificou-se o repulsa a valores, determinantes para mudanças pretendidas, conforme a mostra de fotografias, sob uso das artes. Surgem os Beatlhes, os Hippyes do Woodstock e as drogas… o rock e todo tipo de transgressão são realçados.

Pouco antes, na década de 40, os Estados Unidos mostram ao mundo o primeiro ato do movimento feminista, em um desfile de mulheres de topless.

Não paramos por aí. Nos anos oitentas se instala a Pós-modernidade. Segundo o teólogo Earl Creps “O pós-modernismo é uma reação contra os valores do mundo moderno, conforme foi formado pelo Renascimento, Reforma e Século das Luzes (Iluminismo).

A moderna visão de mundo é caracterizada (no ocidente) por várias características fundamentais:

  1. centralização no indivíduo;
  2. confiabilidade na percepção humana;
  3. primazia da razão;
  4. objetividade da verdade;
  5. inviabilidade do progresso;
  6. certeza de absolutos;
  7. incerteza do sobrenatural;
  8. uniformidade da visão de mundo.

Pós-modernidade

A Pós-modernidade, aliada à Globalização, fez com que as circunstâncias imprescindíveis para a manutenção de nobrezas, maquiadas por segredos ou ignorância desaparecessem e desnudou um amontoado de mascarados. Mas a falta de dosagem matou o doente.

Vejamos: O sexo nunca esteve tão banalizado como nos dias de hoje. Essa vulgarização, o tornou ordinário e levou o homem a buscar opções, o que a Bíblia chama de outro sexo, como na busca dos gigantes pelas filhas dos homens, de Gênesis 6. Os chamados nephilins, que Moffat e alguns teólogos judeus, traduzem como anjos, objeto de discussão até hoje, desembocam no versículo 5, a retratar a época, à semelhança atual:

– “… a maldade do homem se multiplicara sobre a terra, e que toda a imaginação dos pensamentos do seu coração era só má continuamente”.

Os bons costumes, o respeito e a decência caem por terra. “A esculhambação nunca foi tão grande”, diz a manchete do caderno Ilustrada, Folha de São Paulo de 31/7/91, com o subtítulo: “A partir dos anos 70, a breguice deixou de ser ingênua e instaurou-se uma cultura do mau gosto, da cafajestice”, disse a falecida e depravada atriz Dercy Gonçalves.

A Folha continua afirmando: “mas é certo que, a partir dos anos 70, instaurou-se – ao lado da moralidade e do escândalo social crônicos da nossa sociedade –, uma cultura do mau gosto, da violência estética, de selvageria texana. A breguice deixou de ser ingênua e marginal”.

E ainda, “…Num exibicionismo de novo estilo… a imoralidade agravou-se, e espalha-se por todo lugar. Vive-se numa situação em que o malfeito, o precário, o propositadamente ruim e grosseiro e o lixo são canais legítimos da expressão… Esta sociedade em que vivemos parece impelir tudo à brutalidade e à esculhambação”.

Em Berlim, o prefeito Benno Hesse, do grupo Democracia Agora, está propondo a criação de um bordel comunitário na sua área (região administrativa do centro de Berlim), utilizando as casas vazias onde os filhos das prostitutas também poderiam morar. Ele tenta justificar-se: “Minha proposta tem sentido humanitário”. A matéria está na Folha de São Paulo de 17/5/91, com uma retranca que diz que na Babilônia a prostituição, era um rito sagrado.

Colocamos a matança à frente de nossas crianças

A Unicef diz que no Brasil existem cerca de 500 mil meninas entre 10 e 12 anos que são prostitutas. Cerca de um milhão de adolescentes dão à luz anualmente no Brasil. Segundo o IBGE hoje o país tem em torno de 16 milhões de meninas adolescentes, com idade entre 10 e 20 anos. O índice de mães menores de 15 anos, que era de 0,24% em 1986, dobrou nos últimos anos e 20% das crianças nascidas vivas são filhas de mães adolescentes – dados desatualizados: Folha, 8/3/91.

A verdade é que os adolescentes estão perdidos, envolvidos em caminhos que os convidam à promiscuidade e nem sempre mostram o retorno dessa longa viagem que, não poucas vezes, levam à morte.

Enquanto escrevo o texto (11dez14), ouço a chamada na televisão, da banalização da vida: ‘Homem de 26 anos, confessa ter matado mais de 40 na baixada fluminense’.

 “Nos últimos 25 anos a taxa de suicídio cresceu 300% nos EUA e em outros países industrializados” – disse ao jornal a Folha de SP (22/4/91), o psicólogo Alan Ward, do Institute for Juveline Reseasch (Instituto de Pesquisas do Jovem), da Universidade de Illinois, Chicago (EUA). Somente no ano de 90, nos EUA, houve cinco mil suicídios de adolescentes e 500 mil tentativas.

Para Alan Ward, o problema aumentou porque o mundo hoje está mais difícil para os adolescentes. Segundo ele até progressos sociais, como a libertinagem feminina, aumentam a confusão na cabeça dos adolescentes.

Já em 1991, a então deputada pelo Rio, a petista Benedita da Silva, pediu o fim do adultério como crime. Ela e mais quatro deputadas do PT, solicitarm a mudança do artigo 312 do Código Civil, deixando de prever a “fidelidade recíproca” como um dever dos cônjuges passando a exigir o “respeito e a consideração recíproca”. O deputado Roberto Magalhães (PFL-PE), disse que ser for aprovada a emenda proposta pelas deputadas, “é melhor acabar com o casamento” (10/91).

As previsões de Jesus Cristo sobre o Fim assemelham-se ao retrato imediatamente anterior ao Dilúvio: “… comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento” (Mt 24.38), cuja tradução é ‘faziam festas, com características promiscuas e casavam e descasavam e casavam-se novamente’, retrato atual.

Não é só isso! Não temos mais referenciais em todos os segmentos da sociedade humana. Não temos mais o registro de profissionais exemplares, líderes a serem seguidos, políticos honrados, respeito e perícia no trânsito, incluindo o Estado, e total ausência de fiscalização e punição.

Surgem doenças especialmente criadas, para preencher espaços construídos por uma sociedade que animaliza o homem e humaniza o animal.

As crianças passam por ansiolíticos, confortáveis métodos para sustentar a psicanálise e justificar a criação de doenças de nomes sofisticados: Déficit de Atenção e Déficit de Aprendizado…, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), para nomear manias, medos, ansiedade, atitudes místicas, com siglas e tudo mais… A alma do homem está enferma a contaminar o espírito, pois o corpo não passa de um embrulho!

Com o advento do sistema socialista no mundo, as regras básicas para o bom relacionamento humano, são, a cada dia, descaracterizadas. No Brasil instaurou-se a anarquia (do grego anarkhos, sem poder, governo), usada para denominar ideologias, em oposição a valores sociais, político, militar e religioso e seus decorrentes como o Estado, leis, propriedade e a própria ordem.

O ser (honesto, de nobreza e caráter) deu lugar ao ter (dinheiro, triunfo, riquezas, não importa como). Vivemos outra semelhança à época do Dilúvio, quando o SENHOR acabou com tudo, pois “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência”, Gn 6.11.

Em meios ditos cristãos, existem novas tendências, modismos e tentativas de atenuar a ortodoxia cristocêntrica. Busca-se a adequação de formas ‘aceitáveis’ e mais próximas das práticas mundanas, na tentativa de confundir amor com tolerância.

Se a Luz for vencida, o caos se instala e só restará o Fim de todas as coisas!

A que horas estamos? Responda você mesmo e aproveite para acenda uma luz nessa escuridão ou, a demorar muito, vou perguntar: Onde estamos!

Maranata!

Antônio MesquitaAntônio Mesquita
Pastor, jornalista e escritor. Gestor-executivo da Comadems – Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus no Estado do Mato Grosso do Sul.
Editor do blog Fronteira Final

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