Por Orlando Souza Cirqueira
Pleno século 21, encontramos pessoas com dúvidas, ou até mesmo decididas na sua escolha, porém numa escolha errada e “tá nem aí”.
Se voltarmos no tempo através da Bíblia Sagrada, vamos parar no ano 33 AD. Encontramos Jesus no jardim do Getsemâni acompanhado de seus discípulos, (Getsemâni significa o lugar de rendição). A recomendação de Jesus aos discípulos era orar para não entrarem em tentação, pois na verdade a partir daí se saberia quem cria verdadeiramente em Cristo como o Filho de Deus ou não e quantos estavam em dúvida entre a Rocha e o Arrocha.
Jesus foi traído por um dos que se diziam seu amigo, alguém que era de confiança no grupo.
– Quantos hoje estão com Jesus e amanhã estão afastados, separados de Jesus?
– Quantos entregam ou vendem o que tem de melhor para viverem alguns momentos de prazer que muitas vezes acabam em choro e agonia?
Em seguida, já traído, Jesus foi levado para o suplicio ficando preso no pátio da Casa do Sumo Sacerdote, onde Pedro o negou conhecer. – Quantas vezes nos “arrochas” da vida você não o negou também? – Dai começa a série de escárnios e zombarias contra o Senhor Jesus. Foi levado ao Concílio Religioso e ali os “super” religiosos da época caíram de perguntas e críticas sobre Ele. – Hoje, como está você, religiosamente falando? Quem é Jesus para você?
Agora, levado para o Governador, foi acusado de se levantar contra Cesar, o imperador, não tinha mais escapatória, mas também ainda em dúvida, que significa não saber o que fazer, não ter convicção e enfim, não conhecer verdadeiramente a Jesus, o enviaram a Herodes que era apenas outro curioso.
Herodes apenas se achava o tal, coitado, ali diante da corja dos principais religiosos da época, mandou surrar a Jesus e o enviou como “batata quente” para Pilatos novamente.
A Bíblia diz que o Governador Pôncio Pilatos não via o porquê condenar a Jesus, porém, como a maioria dos homens de nosso tempo, preferiu lavar as mãos. É mais fácil não se envolver, continuar levando a sua vidinha medíocre, ficar em cima do muro sem tomar uma decisão, a Rocha ou o Arrocha e correr o risco de cair do lado errado, se bem que ficar em cima do muro para o diabo não significa que a pessoa esta fora do seu alcance, pois o muro lhe pertence. Shakespeare tornou famosa uma frase: “ser ou não ser, eis a questão” e é aí que pega a nossa pergunta, quem somos afinal?
Mas ainda restava algo ali no quadro do passado, para onde voltamos, que mostrava a tamanha dúvida, ou melhor, a incredulidade do povo a respeito do plano salvador de Deus. Pilatos joga para o povo o que fazer de Jesus. Havia um dos presos que seria solto naquela época de festa judaica, seu nome era Barrabás, salteador e arruaceiro. Então, Pilatos perguntou ao povo quem eles queriam que fosse solto: Jesus ou Barrabás?
Voltamos ao nosso tempinho de tanta dúvida, tanta frieza espiritual, tanta ideologia, filosofia e tantas outras “ias” e a religiosidade que dá uma mascara para quem quer se esbaldar nos shows de “arrochas”, carnavais e tantas outras festas que trazem tremendos riscos para aqueles, que sem temor a Deus que tudo vê, tudo sabe e tudo pode, liberam o prazer sem responsabilidade, sem compromisso, tipo, no dia seguinte, quem ficar mais rápido sem a cara de ressaca e inchada de dormir e olhos fundos da bebedeira ou até mesmo da dúvida de uma gravidez precoce, pode tirar a mascara e ir ao culto religioso e tudo bem.
Naquele tempo do julgamento de Jesus, entre o povo que ali estava reunido diante do Sinédrio para ver o desfecho, muitos se alegraram e até tiram suas capas para forrar o chão quando Jesus entrava em Jerusalém. Colocando ramos de árvores, cantavam: “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Muitos destes se deixaram mover de seus ideais de fé por influência dos principais religiosos e proclamaram rendidos à irresponsabilidade: “Crucifica-o e solta a Barrabás”.
Rocha ou Arrocha – Rocha significa Jesus, a Rocha Espiritual que é firme, que não vacila, não quebra, base ideal para se edificar uma vida material e espiritual adequada.
A Bíblia diz que foi rejeitada (Salmos 118.22). A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular (v.23), pois assim determinou o Eterno. Maravilhoso é isso para nós!
Achegando-vos a Ele, a Pedra Viva, rejeitada pela humanidade, mas eleita e preciosa para Deus (1 Pedro 2.4-8).
Porém, Jesus olhou bem nos olhos de cada pessoa e indagou: “Então, qual é o significado do que está escrito: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra angular’?” (Lucas 20.17).
Jesus a Rocha. E o Arrocha?
Acabou, foi só um momento de nada, com nada e deixando muita gente sem nada e sem Jesus, as portas escancaradas do inferno. Que Deus tenha misericórdia de nosso povo, nossos filhos e que a graça de Deus proporcione um tempo de arrependimento e volta para o caminho da VERDADE. Meu abraço!
Orlando Souza Cirqueira
é pastor, escritor, radialista
Itarana/ES