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Centro Infantil dá boas-vindas às crianças, na Colômbia

EM FOCO

Edenin Pontes Neto
Edenin Pontes Neto
Capixaba, natural de Vitória-ES.

Na Colômbia, os cristãos pagam um alto preço por sua fé e a perseguição não leva em conta a idade. As crianças colombianas sabem muito bem disso. Todas vêm de um passado diferente, algumas falam outro idioma, mas algo que possuem em comum é o amor por Jesus.

Centro Infantil dá boas-vindas às crianças, na Colômbia

Ricardo*, Paula*, Andrea* e outras oito crianças iniciaram uma nova vida este ano, no Centro Infantil. A palavra lar significa, normalmente, segurança, mas para essas crianças equivale a perigo e medo. O lar é onde os guerrilheiros podem sequestrá-las. O lar é o local que pode ser retirado delas quando os pais são mortos por causa da fé em Jesus Cristo. Por isso, os pais tomaram a difícil decisão de enviar seus filhos para longe, para o Centro Infantil, e não vê-los até o Natal. Esses pais sabem que as crianças estarão mais seguras no Centro do que em casa. Os telefonemas semanais entre os pais e as crianças tornam essa distância um pouco mais suportável.

Infelizmente, esses mesmos telefonemas podem também trazer preocupação. Ricardo, 16 anos, recebeu um telefonema de seus pais durante a semana e as notícias foram preocupantes: eles estavam sendo ameaçados. "Senti medo, mas ao mesmo tempo confiei em Deus", compartilhou o jovem. Ele e os pais foram ameaçados pelos grupos armados e pela comunidade indígena. "Durante algumas noites, desconhecidos cercavam nossa casa e meu pai não podia ficar mais lá".

Embora tenha 14 anos, Paula sabe muito bem do perigo que é permanecer em casa. "Meu pai foi preso por líderes indígenas porque não quis renunciar à sua fé em Jesus", compartilha ela. "Não deram comida a ele durante três dias e, quando ele foi solto, minha família teve de fugir." Para Paula e a irmã, a vida é muito mais segura no Centro Infantil. "Fico preocupada. Durante as aulas eu me pego pensando nos meus pais e esse pensamento nunca me deixa", explica. "Lembro-me do líder indígena dizendo que irá nos capturar porque falamos sobre Deus. E eu sei que isso pode acontecer. Minha irmã e eu estamos a salvo aqui, mas meus pais ainda estão lá", desabafa.

Alguns pais de crianças que estão no Centro viajam muito para pregar o Evangelho e muitas vezes têm de passar pelos territórios controlados pelos guerrilheiros e também por áreas dominadas por tribos tradicionais e por satanistas.

"Não temo pelos meus pais", compartilha Andrea, 17 anos. "Sei que eles oram o tempo todo e que Deus os ouve". Os pais dela são pastores em Cauca.

"Meu pai fundou várias igrejas e no início poucos iam, mas com o passar do tempo muitos foram se juntando. Quando isso acontecia, chegava o tempo de irmos para outro lugar ‘plantar’ outra igreja. Também quero ser uma missionária", finaliza Andrea.

Cada criança lida de maneira diferente com as dificuldades encontradas em casa. Algumas estão preocupadas e demonstram dor ou tristeza em seus rostos. Outras compartilham sobre a confiança que têm em Jesus. Mas todas têm momentos onde esquecem suas lutas diárias, quando têm a chance de serem simplesmente crianças, jogando futebol, assistindo a uma comédia e até mesmo tocando o sino para o almoço.

Apesar da situação que enfrentam, são crianças e aproveitam bem o seu tempo livre: reclamam da quantidade de lição de casa, fazem amigos e constroem uma vida juntas.

*Os nomes foram alterados por motivo de segurança

Fonte: Portas Abertas

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