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Forbes e os pastores mais ricos do Brasil

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Paulo Pontes
Paulo Ponteshttps://www.searanews.com.br
Fundador e CEO da Seara News Comunicação, jornalista, cidadão vilavelhense, natural de Magé (RJ), pastor, teólogo (Teologia Pastoral e Catequética), presidente do Diretório da SBB-ES, autor do livro Você Tem Valor.

Por Paulo Pontes

Alguns líderes evangélicos brasileiros ganharam destaque na imprensa internacional. A revista Forbes, uma famosa publicação americana que mostra o ranking dos mais ricos e poderosos no mundo inteiro publicou uma reportagem sobre “os pastores mais ricos do Brasil”.

No texto o bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, é o pastor mais rico do País, com uma fortuna avaliada em US$ 950 milhões. Em seguida aparece o apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, com US$ 220 milhões, de acordo com estimativas da imprensa brasileira. O pastor Silas Malafaia, aparece em terceiro, com US$ 150 milhões. O missionário R.R. Soares (Romildo Ribeiro Soares), fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, em quarto lugar com US$ 125 milhões. E em último, o apóstolo Estevam Hernandes Filho, junto com a esposa, bispa Sonia, fundadores da Igreja Renascer em Cristo, com mais de mil templos dentro e fora do Brasil, além de um patrimônio estimado em US$ 65 milhões.

A reportagem apresenta a religião como um negócio rentável, e que as chances para um pregador evangélico brasileiro “ganhar na loteria celestial” são realmente muito grandes nestes dias, no maior país católico do mundo, o Brasil que contabiliza aproximadamente 123,2 milhões de adeptos à igreja do Vaticano. Também faz menção do número de evangélicos protestantes no País, que subiu de 15,4% para 22,2% em apenas uma década”, segundo dados divulgados do Censo de 2010, pelo (IBGE) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostrando que a Igreja Católica teve uma redução da ordem de 1,7 milhão de fieis, um encolhimento de 12,2%. Esses dados apontam para uma provável tendência de queda para o catolicismo com estimativa que até 2030, os católicos representem menos de 50% dos fiéis brasileiros.

Parecendo bastante preconceituosa contra protestantismo na nação brasileira a reportagem também aponta: “Se católicos são maioria, então, por que os evangélicos estão em evidência no cenário religioso do Brasil?” Apresenta uma justificativa para esse destaque com a informação de que: “Uma das qualidades mais atraentes dos evangélicos é a sua crença na graça de Deus, de que o progresso é parte dos resultados materiais. Enquanto o catolicismo ainda prega um olhar muito conservador à vida após a morte, em vez de riquezas terrenas, os evangélicos, especialmente os “neo-pentecostais” são ensinados que está tudo certo para ser próspero. Essa doutrina, conhecida como “teologia da prosperidade”, está enraizada nas igrejas evangélicas de maior sucesso no Brasil”.

A matéria fala também do crescimento econômico do Brasil ao longo dos últimos anos que não só tirou milhões de brasileiros da pobreza, também elevou as expectativas de uma nova classe média conhecido como a “classe C”. E que os muito ricos e os muito pobres permaneceram firmemente católicos, enquanto que a maioria dos evangélicos protestantes está na categoria que encontrou na religião uma forma de ser grato por sua boa sorte, assim como uma desculpa para desfrutar de seu novo status na sociedade, sem culpa, causando a transformação de algumas igrejas em negócios altamente lucrativos e tornando alguns líderes em multi-milionários, ao que classificou de “indústria da fé”. Dentro desta visão, a igreja inverte a razão da sua existência e se configura como uma empresa, tornando seus membros pessoas manipuláveis.

Fontes: Forbes, Forbes Brasil, Uol Notícias

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