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Marina levará 80% dos votos evangélicos, diz Silas Malafaia à Revista Época

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Em entrevista à Revista Época, o pastor Silas Malafaia deixou claro que Dilma não está preparada para atender às demandas dos evangélicos. Citou que nos quatro anos de seu governo, “o PT votou contra nossos princípios”. Relacionou algumas demandas evangélicas como o casamento entre homem e mulher, a proibição do aborto, a liberdade de religião e imprensa livre. Disse que os evangélicos não querem impor ideologia. Querem que o Brasil seja democrático, cresça, crie emprego e prospere para todos.

Quanto à falta de unanimidade em pensamento político, afirmou que o segmento evangélico é fragmentado, mas a despeito disso não tem dúvida de que Marina Silva levará de 80% a 90% do voto evangélico.

Leia a entrevista na íntegra:

Visto como pivô da mudança no programa de governo do PSB, o pastor diz que as questões de costumes devem ser decididas no Congresso e defende a alternância de poder.

Marina levará 80% dos votos evangélicos, diz pastor Silas Malafaia
O Pr. Silas Malafaia diz que nunca disputará uma eleição. “Eu? Político? Não fui chamado para isso”. (Foto: Nidin Sanches/Nitro/Época)

O líder evangélico Silas Malafaia é o pastor brasileiro mais influente das redes sociais. Campeão de seguidores, ele promove todos os dias o que chama de “tuitaços”. São quatro mensagens lançadas ao meio-dia no Twitter. “Só boto bomba atômica”. Por que adotou essa estratégia? “Ninguém usa as redes sociais como os evangélicos”. Malafaia provou o que diz. Na semana passada, usou o “tuitaço” para condenar o programa de governo da presidenciável Marina Silva (PSB), que defendia o casamento gay e a criminalização da homofobia. No dia seguinte, Marina tirou esses pontos do programa. Agora, Malafaia diz que votará no pastor Everaldo (PSC) no primeiro turno e em Marina no segundo.

ÉPOCA – O senhor condenou no Twitter a primeira versão do programa de Marina Silva, que defendia o casamento gay e a punição da homofobia. Marina voltou atrás por sua causa?

Silas Malafaia – Claro que não. Entender isso é simples. Nem Marina, nem (a presidente) Dilma Rousseff, nem (o presidenciável tucano) Aécio Neves leram seus programas de governo. Entregam o texto a equipes especializadas. O programa de Marina tinha dois erros graves. A turma do LGBT (Lésbicas, Gays, Bi e Transgêneros), intransigente e exagerada, ressuscitou o Projeto de Lei 122 (que criminalizava a homofobia), já derrotado no Senado. Em relação ao ativismo gay, o programa de Marina é mais avançado que o de Dilma, levando em conta que o governo do PT tem financiado a causa gay. Estão reclamando de quê? Meus tuítes só acenderam a lâmpada na equipe da Marina para mudar o que estava escrito. Mesmo assim, não me agradou em tudo. Tem muitos pontos lá contrários à ideologia cristã.

ÉPOCA – O recuo de Marina levou o senhor a apoiá-la?

Malafaia – Claro. Ela teve coerência. Tem coisa que o candidato promete e não dá para fugir. Marina disse uma coisa como isso: “Se for eleita presidente, não disputarei a reeleição porque não quero estar no poder pensando na continuidade do poder. Quero estar no Planalto para deixar um legado para as próximas gerações”. Quando ouvi isso, pensei: essa serva está fazendo uma colocação extraordinária. É uma declaração mais importante que a sobre o casamento gay. Marina não é candidata dos evangélicos, é candidata do povo brasileiro, que está de paciência esgotada com o PT e a corrupção deslavada. Ela interpreta essa mudança. Não me venham com “evangeliquês” nem tentem colocar nela a pecha de fanática, porque Marina contraria muita coisa que pastor evangélico pensa.

ÉPOCA – Homofobia, casamento gay e aborto devem ser tratados nas eleições presidenciais?

Malafaia – Devem ser tratados no Congresso. Lá, onde os segmentos da sociedade se fazem representar, é o lugar de discutir esses temas. Se os ativistas gays querem algum direito, mandem seus representantes para o Parlamento. Não foram os evangélicos que botaram essa agenda na campanha presidencial. Foram eles.

ÉPOCA – Por que o senhor acredita que essas questões não devem fazer parte do debate presidencial?

Malafaia – Um dos maiores filósofos da atualidade, Michael Sandel, um doutor em Harvard que já deu entrevista para ÉPOCA, diz que a moral, os princípios e as questões da fé são fundamentais no debate político. Atenção: não é pastor que está falando isso, não. É um dos maiores pensadores do nosso tempo. Esta eleição tem de ser moral. Não vale tratar do maior escândalo de roubalheira da história do Brasil, o mensalão? E a roubalheira na Petrobras? A corrupção é um câncer na sociedade. A discussão tem de ser moral mesmo. Por que (a presidente) Dilma (Rousseff) e (o ex-presidente Luiz Inácio) Lula (da Silva) nunca condenaram os mensaleiros, que estão na prisão? Estão com medo de eles abrirem a boca e os colocarem na roda?

ÉPOCA – Onde o governo Dilma acertou e onde errou nas questões que interessam aos evangélicos?

Malafaia – Dizer que o PT só errou seria incoerência e imbecilidade. O PT acertou na ampliação dos programas sociais. Mas o que seria do investimento social do PT se não houvesse a estabilidade econômica? Podem chorar à vontade, mas esse foi ou não um mérito de Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco (ex-presidentes)? A alternância de poder é fundamental para o fortalecimento da democracia. O PT precisa perder a eleição para o bem do Brasil.

ÉPOCA – O que os evangélicos esperam do próximo governo?

Malafaia – O que está na Bíblia: dias melhores para os brasileiros, que haja paz no país e nas casas, que haja prosperidade. Sabe o que os evangélicos fazem? Aprendemos, com a Bíblia, a orar pelos nossos governantes. Cada um vota em quem quiser. Em 2010, votei em José Serra (PSDB) para presidente. Dilma venceu. Perdi a conta de quantas orações fiz por ela na minha igreja. Quando o mandatário assume, entendemos que é a vontade de Deus.

ÉPOCA – O Pastor Everaldo (PSC), seu amigo, é candidato a presidente e pretendia capturar o voto evangélico. Marina Silva, também evangélica, pode tomar-lhe esse eleitorado?

Malafaia – Quando Everaldo lançou sua candidatura, marcou 4% nas pesquisas eleitorais. Pensávamos que, se os líderes evangélicos se engajassem na campanha, Everaldo chegaria a 10% e teríamos uma agenda no segundo turno. A lamentável morte de Eduardo Campos mudou o panorama. Marina também é evangélica e tem um histórico político no Brasil. Everaldo, não. O trator da Marina passou por tudo. Passou por Everaldo, Aécio e Dilma. Everaldo sofreu mais com isso, por causa do voto evangélico.

ÉPOCA – Há líderes evangélicos que apoiam o Pastor Everaldo. Outros estão com Marina Silva, Dilma Rousseff ou Aécio Neves. Por que esse segmento é tão fragmentado?

Malafaia – Isso mostra que os evangélicos não têm unanimidade em pensamento político. Cada um é livre para fazer suas escolhas. Por isso, sempre fui contra a criação de um partido evangélico. Baixo o bambu quando alguém vem com essa ideia. Temos de estar em tudo que é partido. Mas não tenho dúvidas: Marina levará de 80% a 90% do voto evangélico. A candidatura dela, o acirramento da propaganda e as redes sociais mudaram tudo. O evangélico tem interação social, porque vai à igreja pelo menos uma vez por semana. Ninguém usa as redes sociais como os evangélicos, e somos entre 25% e 27% da população. Somem a nós os católicos praticantes, também uns 25% a 27% e que, em muitos pontos, pensam igual. Já deu a maioria da população.

ÉPOCA – Que presidenciável está mais preparado para atender às demandas evangélicas?

Malafaia – Em primeiro lugar, Everaldo. Depois, Marina e Aécio. Dilma começou a falar agora, mas, no Congresso Nacional, nos quatro anos de seu governo, o PT votou contra nossos princípios. As demandas evangélicas são: casamento entre homem e mulher, proibição do aborto, liberdade de religião e imprensa livre, mesmo falando mal de nós. Não queremos impor ideologia. Queremos que o Brasil seja democrático, cresça, crie emprego e prospere para todos.

Fonte: Época

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