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Pr. Abraão de Almeida: “Que a igreja pratique o evangelho!”

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Pr. Abraão de Almeida: "Que a igreja pratique o evangelho!"
Pr. Abraão de Almeida

Pastor ABRAÃO DE ALMEIDA, natural de Bom Jardim de Minas, MG, converteu-se ao Evangelho em 1959, enquanto prestava o serviço militar. Durante a sua vida ministerial acumulou cargos importantes dentro do universo evangélico brasileiro, dentre eles o de diretor de publicações da Casa Publicadora das Assembléias de Deus. É autor de 25 livros nas áreas de profecia, apologia, tipologia e história da igreja dos quais, dez deles editados em espanhol. É formado em jornalismo com mestrado em teologia e doutor em divindade e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Agraciado com vários prêmios pelos serviços acadêmicos prestados em várias instituições evangélicas como, por exemplo, a revisão da Bíblia ECA (Edicão Contemporânea de Almeida), 1988-1990 e um dos tradutores da Nova Versão Internacional (NVI).

O pastor Abraão de Almeida de sua residência em Coconut Creek na Flórida, concedeu essa entrevista à equipe do CACP.

Pastor Abraão de Almeida, fale um pouco de sua conversão.
Minha conversão se deu na igreja metodista de Resende, em um culto de quarta ou quinta-feira, em que o pastor contava a história de alguns hinos. Explicando em que circunstâncias o hino “Careço de Jesus” foi escrito, o Espírito Santo me levou a um profundo estado de convicção de pecado, e naquela noite saí transformado daquele templo. Desde então passei a freqüentar outras igrejas tradicionais de Resende, e depois a Assembléia de Deus, igreja a que me uni em 17 de setembro daquele ano, e fui batizado nas águas no dia 8 de novembro seguinte.
Terminado o serviço militar, em janeiro de 1960 retornei à Barra Mansa, RJ, onde residíamos, e passei a congregar na AD local, pastoreada na época pelo irmão Nicodemos José Loureiro.
Minha chamada para o ministério ocorreu muito cedo, e me manteve sempre bem envolvido em várias atividades da igreja: liderando jovens, regendo coral, dirigindo igreja etc., mas foi somente em 1979 que fui separado para o ministério pastoral no Rio de Janeiro.

Apesar de sua contribuição para a teologia brasileira, entretanto, a nova geração não o conhece plenamente. Faça um pequeno histórico de seus anos de ministério e graduações eclesiástica.
Mestre em Teologia pelo Seminário Unido do Rio de Janeiro, e Doutor em Divindade (honoris cause) pela Faculdade de Administração Eclesiástica Batista das Américas, de Campinas, SP.
Depois de exercer as funções de Diretor de Publicações da CPAD, transferi-me em 1984 para os EUA. Fui editor da Editora Vida em Miami, revisor da Bíblia ECA (Edição Contemporânea de Almeida), e membro da comissão tradutora da NVI em português.
Em reconhecimento ao meu trabalho na literatura cristã, ocupo uma cadeira na Academia Evangélica de Letras do Brasil, e outra na Casa de Letras Emílio Conde. A ABEC, por sua vez, outorgou-me os prêmios “Personalidade Literária 2002” e “Bíblia NVI”.

Porque resolveu sair do Brasil?
Para poder dar tratamento adequado ao nosso filho, Junior, que ficou autista aos 3 anos de idade. Como não havia tratamento para ele no Brasil, nos mudamos para um país de primeiro mundo.

Qual o nome de seu ministério ou igreja atual?
Sou o fundador e pastor da Igreja Evangélica Brasileira de Coconut Creek, Flórida, organizada em 1988, e diretor do Seminário Betel, também fundado por mim em 1991. Esse seminário ministra cursos de freqüência e pelo correio.

Como conferencista internacional, como o senhor vê o crescimento do povo evangélico ao redor do mundo?
Vejo com bons olhos. Os imigrantes brasileiros no exterior, por exemplo, têm feito um bom trabalho nos EUA, Canadá, Japão, Portugal, Itália, Inglaterra e Alemanha, países onde tenho estado. As igrejas são fortes e exercem uma boa influência nas igrejas nacionais desses países. O que ouvi de pastores brasileiros em Londres foi muito positivo. Eles dizem que, salvo algumas exceções, as igrejas inglesas estão animadas, e que os templos estão cheios.

Muitos líderes já estão clamando por uma nova reforma, o que o senhor tem a dizer?
Não vejo lugar para uma nova reforma. A situação hoje é distinta da dos dias de Lutero, Zuínglio e Calvino. O que muitas igrejas precisam fazer hoje é voltarem à Bíblia e praticarem o evangelho. O problema da igreja evangélica brasileira, a meu ver, é muito mais ético do que doutrinário.

De que maneira os modismos neo-pentecostais tem afetado a teologia evangélica?
Tem trazido algum descrédito para o evangelho pelo fato de sua mensagem não corresponder plenamente com a do evangelho pleno.

Em sua opinião o que falta às igrejas evangélicas hoje?
Em geral, falta mais vivência do evangelho. Em particular, há igrejas que fazem do ministério uma hierarquia em que as pessoas são separadas muito mais por “tempo de casa” do que por real chamada divina. Nessas igrejas, a qualidade do ministério está muito pobre, e prejudica o seu crescimento.

Em sua opinião por que as seitas têm progredido tanto? Qual a sua principal força motriz?
O progresso das seitas se deve, em parte, à omissão das igrejas evangélicas que saíram das ruas e se encantoaram dentro dos templos.
Quanto à força motriz delas eu diria que são o dinheiro, a organização e o empenho de seus adeptos

Então qual seria a solução para conter as heresias dentro e fora da igreja?
Mais ensino metódico das Escrituras. Há cultos de duas horas em que se canta hora e meia e se prega meia hora. Como ensinar a Palavra de Deus dessa maneira?

Se o senhor fosse deixar uma palavra de exortação para a igreja brasileira, qual seria ela?
Que a igreja realmente pratique o evangelho. Isso significa socorrer os menores abandonados, construir escolas, hospitais, creches, lar para idosos etc. etc. etc. Em vez de somente cobrar do governo, devem os evangélicos fazer o seu trabalho de aliviar o sofrimento dos pobres e promover a socialização de grandes parcelas da nossa população.

Poderia deixar uma palavra aos visitantes do nosso site?
Vivemos em um tempo de grandes desafios para a igreja, e também de grandes cumprimentos proféticos. Jesus está voltando! Que ele nos ache fazendo o nosso trabalho. “No Senhor, o nosso trabalho tem uma recompensa”.

Fonte: CACP

 

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1 COMENTÁRIO

  1. Prezado irmão e comentarista do assunto em tela; tenho saudades da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, unida e amiga, não rivais como são hoje os ministerios, digo principalmente os maiores, falta união de seus lideres e menos demagogia. Por que? Duas, tres, quatro ou cinco grandes assembleias em vez de uma ou unica conveção? A resposta sabemos: a sede da liderança, a politica e o dinheiro, as pessoas não querem ser lideradas, querem liderar, isso levou a CGADB se disvincular da CONAMAD e vice versa, brigas por causa da editora cpad e outras coisas. Hoje cada uma tem seu ministerio e sua casa publicadora, enfim o homem separa aquilo que Deus uniu. Tenho saudades da Igreja unida, saudades de Paulo Leivas Macalão e saudades de Cicero Canuto de Lima.

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