Masako participou de atividades em homenagem aos reis da Holanda.
Com depressão, princesa se afastou há anos de atividades oficiais.
A princesa Masako, do Japão, compareceu a um banquete para os reis holandeses que visitam seu país nesta quarta-feira (29), sua primeira aparição em um evento desse tipo desde que desenvolveu uma depressão relacionada ao stress, há mais de uma década.
A Agência da Casa Imperial disse que Masako acompanhou o marido, o príncipe Naruhito, em um banquete imperial oferecido ao rei Willem-Alexander e à rainha Máxima da Holanda. Oficiais do palácio disseram que essa foi a primeira participação dela em um banquete imperial desde que ela compareceu a um evento oferecido ao presidente do México, em outubro de 2003.
Masako, de 50 anos, adoeceu pouco depois de dar à luz a única filha do casal, Aiko, atualmente com 12 anos, e se afastou completamente de atividades oficiais. Em sinal de sua recuperação, os membros da família real compareceram no ano passado à coroação do rei da Holanda, país com o qual mantêm laços próximos.
A princesa, em um vestido de gala branco de seda e usando uma tiara prateada, sorriu ao conversar com o ministro de Relações Exteriores holandês, Bert Koenders, sentado ao seu lado, durante o banquete com cardápio francês, e que teve imagens exibidas em noticiários de TV. Cerca de 160 convidados, incluindo outros membros da família real e líderes políticos como o primeiro-ministro Shinzo Abe, participaram do evento.
Horas antes, Masako participou de uma cerimônia de boas-vindas ao rei, promovida pelo imperador Akihito e a imperatriz Michiko. Masako cumprimentou a rainha Maxima, com ambas vestindo tons de laranja, a cor nacional da Holanda.
Akihito, em seu discurso de abertura do banquete, mencionou a agressão do Japão, durante a II Guerra Mundial, à Indonésia ocupada pela Holanda, onde muitos soldados e civis holandeses foram tomados como prisioneiros.
“Foi muito lamentável que essas longas relações amigáveis entre o Japão e a Holanda tenham sido maculadas por causa da II Guerra Mundial”, disse Akihito. “Embora nunca esqueçamos esse passado, esperamos dar mais atenção do que nunca à promoção da boa vontade entre nossos dois países”.
Willem-Alexander disse que o sofrimento do povo holandês não deve ser esquecido, mas que a compreensão das dores alheias é a base da reconciliação.
Fonte: G1