A pesquisadora Arina O. Grossu aponta que o suicídio se assemelha com o aborto.
Um estudo recente sobre o direito de morte, desenvolvido por uma pesquisadora do Conselho de Pesquisa da Família (FRC) dos EUA, constatou que aceitar o suicídio assistido com a orientação de um médico pode atrapalhar o movimento pró-vida no país, assim como o aborto.
Arina O. Grossu, diretora do FRC, trouxe à tona um debate sobre o impacto social das leis que legalizam o direito de morte através de uma apresentação que relata a necessidade de destinar maior atenção à questão da mesma forma que o aborto, já que se assemelha na forma brusca de tirar a vida.
Para a pesquisadora, a medida que o direito de morte ganha aceitação da mesma forma que o aborto, as pessoas perdem a sensibilidade para compreender se a morte assistida teve mesmo o consentimento de um paciente, que certas vezes não tem condições de tomar uma decisão tão delicada de ir a óbito.
Ao utilizar o estado de Oregon como exemplo, como primeiro estado a legalizar o suicídio assistido, Grossu indica que aumentaram as taxas de suicídio na região, o que para ela não garante que "as mortes foram voluntárias", ou seja, se tiveram a permissão legítima do paciente.
Ao analisar a forma que a Europa encara o direito de morte, a pesquisadora também fez queixas sobre a legislação da Bélgica, que aprovou uma lei que permite o suicídio assistido de crianças com doenças terminais.
Opositor do direito de morte, Roger Kiska, membro da Aliança em Defesa da Liberdade apontou a decisão da justiça belga como algo "desumano", capaz de ser comparado ao homicídio com alguma criança. "Nenhuma sociedade civilizada permite que crianças se matem", avalia ele.
O suicídio assistido, também conhecido como "morte medicamente assistida", é a morte dirigida pela própria pessoa com auxílio de um médico, diferente da eutanásia, que gera a morte sem o paciente ter participado da decisão, levado as circunstâncias da doença que conduziram ao ato.
Nos Estados Unidos, a eutanásia é ilegal em todos os cinquenta estados do país. Enquanto isso, o suicídio assistido por um médico é liberado nos estados do Oregon, Vermont e Washington.
Fonte: The Christian Post