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A visibilidade do pastor

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A visibilidade do pastor

Por Rev. Dr. Alberto Matos

A pessoa que é separada para o Ministério Pastoral deve ter em boa mente um aspecto importantíssimo a considerar: A Visibilidade Pastoral.

Quando o aspirante ao Sagrado Ministério não se prepara adequadamente neste aspecto, sofre o sério e perigoso risco de ruir em seu ministério e até na própria fé.

Neste sucinto artigo consideraremos alguns aspectos peculiares ao Ministério Pastoral que evidenciam esta visibilidade.

I – ASPECTOS INTRÍNSECOS

1. Chamada Divina – Quando Deus chama a alguém para o ministério pastoral, esta pessoa fica evidenciada e exposta diante da humanidade física e espiritual (pessoas e seres espirituais) como alguém que foi escolhida por Deus para o cumprimento de um propósito divino. O Senhor Deus têm inimigos naturais que não foram conquistados por erros divinos, mas pela própria malignidade e opção dos anjos caídos e seres humanos. Esta inimizade fortuita do mundo e do seu príncipe (Satanás) é canalizada para com as pessoas chamadas por Deus para o Ministério.

2. Ação Divina – Na vida do vocacionado a ação divina se manifesta naturalmente e isto levanta perseguição gratuita ( Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes. E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus; e Jesus, que estava à direita de Deus, E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus. Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele – At 7.53-57 ).

3. Trabalho Ministerial – “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”- Tg 1.17. O Senhor tem pensamentos de paz (“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais”- Jr 29.11) e dádivas excelentes e boas para com as pessoas (“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” – At 10.38). Ele envia o Seu bem sobre justos e injustos (“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem. Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus, porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão havereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” – Mt 5.44-48). Quem é chamado pelo Senhor vai realizar as Obras Divinas; o mundo e o seu príncipe são contrários às Obras de Deus.

II – ASPECTOS EXTRÍNSECOS

1. Ética – O pastor é como uma cidade edificada sobre o monte, não dá para esconder esta evidência. É alguém que lida com o esposo, a esposa, o filho, o irmão, o tio, o primo, o amigo e/ou vizinho de alguém. Há uma grande nuvem de testemunhas e, estas, nem sempre com a motivação correta. O próprio Senhor Jesus era testado e tentado constantemente por homens maus e seres demoníacos (“Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam nalguma palavra; E enviaram-lhe os seus discípulos com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas à aparência dos homens. Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não? Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro. E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição? Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes diz: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”- Mt 22.15-21). Portanto, o pastor deve primar por um código ético responsável, para não dar escândalo em coisa alguma.

2. Coisas Lícitas – Há coisas que todos podem fazer, mas que não convém ao Ministro de Deus. O ensino das Escrituras é claríssimo. “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” – I Co 6.12.

3. Maledicência – O povo tem como algo comum falar mal acerca das pessoas que exercem autoridade sobre ele. O Ministro deve viver de tal forma que venha desacreditar as más conversações a seu respeito e confiar inteiramente no testemunho que Deus dá acerca dos Seus (“E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. Que diremos pois a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” – Rm 8.30-34; “E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” – II Rs 4.9). O melhor testemunho que alguém pode receber é o do seu Senhor! A língua do povo é maldita e ferina! Ela atrai para si o silogismo “A voz do povo é a voz de Deus”, mas é puro engano. A voz do povo é a voz do Cão, na maioria das vezes. Foi a voz do povo que disse diante do Calvário: “Crucifica a Jesus, chamado o Cristo e solta a Barrabás”. Foi a voz de quase três milhões de pessoas que refutou a Moisés e disse: “No Egito não havia sepulturas para que fossemos enterrados lá?” Um homem sozinho escutou a voz de Deus e três milhões de pessoas não conseguiram escutar. Um homem sozinho representou o pensamento de Deus e três milhões de pessoas não conseguiram entender que expressavam a voz do Cão. Três milhões de pessoas clamavam por libertação de um cativeiro que durava 430 anos e quando Deus as livra por intermédio de Moisés, elas dizem: Está tudo errado!”

4. Pressões do povo – As pessoas querem ser mimadas e agradadas; para tanto, não medem distância. Elas vendem a própria alma ao Diabo para conseguirem os seus intentos. Há uma pressão constante que é exercida sobre o Ministro de Deus para que ele se curve diante dos caprichos humanos e relegue ao acaso a Vontade Divina. Ele é acompanhado pelas normas de pessoas incultas e incapazes de gerenciarem as próprias vidas, mas que se acham habilitadas para administrarem a vida do Ministro do Deus Altíssimo. Elas querem ensinar ao Ministro como eles devem guiar o Rebanho de Deus, o que o Ministro e sua família deve vestir, comer e fazer. São pessoas inescrupulosas que invadem o Lar, instituição inviolável, e supervisionam o que aquele habitat pastoral tem e o que não tem; perguntam até mesmo acerca de como os móveis daquele lar foram adquiridos? Se novos ou de segunda mão? Se com o dinheiro do Sustento Pastoral ou através de uma Oferta de alguém? São pessoas que criticam a esposa do Ministro, chamando-a de maltrapilha, por ter colocado um vestido simples. Ou chamando-a de vaidosa por ter colocado um vestido melhorzinho! Escória infernal, diria o Profeta João Batista (“Raça de Víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?” – Mt 3.7).

5. Luta pelo poder – As pessoas estão sempre lutando pelo poder; elas buscam status social dentro das Igrejas. Elas procuram medir forças com o pastor. Elas procuram ditar que o poder pertence a elas. Que o Ministro de Deus tem de se envergar diante da força suprema que elas ostentam. Elas vivem decretando o que Deus e os Seus Ministros devam fazer.

6. Cobrança Indevida – Os ociosos arvoram para si o posto de Coletores de Cobrança; são os Publicanos do Futuro. Não produzem, não frutificam, não prosperam, mas se acham no direito de lançarem na conta do Ministro de Deus a cobrança pelo que eles mesmos deveriam estar fazendo: gerar novas ovelhas para o Rebanho de Cristo.

7. Imposições de Tradições – Uma certa Igreja na cidade de São Paulo legislou que aquele que ocupasse o cargo de Pastor Efetivo daquela comunidade deveria usar gravata azul de bolinha branca. Esta legislação é só um dos exemplos esdrúxulos de uma enorme lista daquela comunidade. Certo Ministro de Deus ao assumir o pastorado sofreu pressões intensas para não quebrar as “santas tradições de homem que não guardavam os mandamentos de Deus”. Parece estória da carochinha, mas aconteceu de verdade. Quem quiser conhecer maiores detalhes, leia o livro “A Doutrina da Gravata”, edição independente, na cidade de São Paulo.

CONCLUSÃO

1. A visibilidade pastoral é intensa e constante. É preciso ter este aspecto em boa mente, para não ser vítima deste laço aquele que aspira o episcopado.

2. O povo é o povo e sempre será o povo. Povo que depreda o logradouro público, do qual já reclamava quando o mesmo nem sequer existia. Povo que aplaude e vaia. Povo que quer ser liberto, mas não quer ser liberto pelo Caminho Divino e prefere à escravidão.

3. Lembremo-nos dos conselhos de Paulo: “TU, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. Sofre pois, comigo, as aflições como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo. Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho; pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor: mas a palavra de Deus não está presa. Portanto tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna. Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo. Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes. Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns. Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade. Ora numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra”- II Tim 2.1-20.

Rev. Dr. Alberto Matos
Português/Brasileiro, Residente Permanente Legal nos EUA, casado com Lucileide, pai de Jacó (22), Davi (21) e Rebeca (20). Doutor em Educação pela Florida Christian University (USA), Mestre em Teologia (Área de Concentração: Liturgia) pela EST – Escola Superior de Teologia/IEPG (São Leopoldo-RS), Mestre em Teologia (Área de Concentração: Teologia Sistemática)pelo International Theological Seminary of London (England), Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Betel Brasileiro (João Pessoa), Bacharel em Teologia (Integralização junto ao MEC) pela faculdade de Teologia de Boa Vista e Bacharel em Administração (I) pela Universidade Federal da Paraíba. Atual Coordenador de Expansão e Professor na Florida Christian University (Orlando, Florida/USA).

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